Reinventar / Pra Ver o Sol Brilhar
Belo
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[Intro] Aqui estamos juntos Ao por-do-sol Dois navegantes No mesmo barco Aqui estamos sós Ao por-do-sol Andando lado a lado No mesmo mar [Verso 1: Zadig] Acordai com a certeza de quem não sabe de nada Convicções são celas, amarras nas mãos atadas A vida é uma interna descoberta, bro Na trilha deserta das setas apontadas Me apontaram o silêncio, odisséia mistificada Nesse ringue de egos, essências apagadas Escrita emana luz que afaga as boca calada Afoga falador e espanta toda a dor implantada Flores não espetam quando somente contempladas Meu templo é reinvento de uma alma silenciada Que as vezes, se depara com a mente turbulenta Gerada por toda tormenta alimentada Nada como um dia após outro A sós com minha face num caminho torto, louco Fruto do meu ser, faz de meu eu aborto! E não resgatar raízes, "cê" é louco! Lhe tornam um homem morto Respeita a tropa tio! Escuta a tropa, neguin! Que se prender no "vai não vai", vai ficar no caminho Trago a sagrada luta de minha tribo Águas ocultas, internas vindas de povos antigos Irmão, quanto sangue já foi derramado? Quantos "Seu Zé" por dentro arregaçado? Quanto sonho massacrado? “Carai” Olha o rosto da cultura, porra, tá enrugado! Nossas crianças, divina herança sendo produto de mercado A massa amassa o fato, vasto gado contentado com seu prato De alienação diário, fantoxe partidário Pra eles, bom cidadão. Pra mim, otário! Pedras frias, cabeças vazias, barrigas com azia, vidas sem magia Vamos acordar, rasgar todas utopias Sonho que se sonha, só é ilusão Mas sonho cultivado junto, é realidade que se cria Sem mais problemas, sem mais teorias Quem luta interiormente, sente a vida em alegoria Cada dia é um recomeço pra ver o que não via O que ainda fez e ser o que nunca seria Então, sorria! Tens o tesouro mais divino que é a vida O resto, é ouro de tolo sábia? Elevado é quem se banha de teu brilho Nossa passagem é como um trem No vai e vem, sem trilhos Vim pra lutar pelos meus e seus filhos Cada ser vivo um universo verso de seu destino Visão de águia alma de menino Sangue africano mesclado a palestino Gratidão Ópacha! Mama, teu filho se banha de vosso ventre divino Tudo se transforma como as águas solenes do Nilo Minha gente, não somos peças pra descarte Viver é uma arte de uma magia total Indiferente, frente à nunca ser igual Transbordai sua taça existencial Semente vital essencial Consciência quebra o bloco Portal pro mundo real