ELE NÃO É O PAI

DNA DO RATINHO

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laura.karam

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[Verso 1: GOG] Mais uma estória será contada, GOG quem diz Sem garantia de final feliz Fazer o quê? Acreditar em que, em quem? O sol nasce e a lua também Só a chuva não vem Sem saída, sem trabalho ,sem pão A única opção: rezar pra sobrar vagas no caminhão Era dia de sorte e um sonho divertido Emprego pra ele, pra ela Escola pros quartoze filhos Mas niguém nem sabia pra onde ia Rio, São Paulo ou Brasília? E o Sudeste foi decidido Quando o mais novo contou do Santo Cristo Três dias de viagem e nada de chegar O dinheiro? Pouco pra acabar E na chegada, a decpção No momento, só inscrição Vaga só de pião ou de chofer de furgão Depois de rigorosa seleção, brutal humilhação Com o que sobrou, alugou na favela um barracão Dois meses pagou adiantado Temia o futuro reservado Analfabeto, primeiras palavras na sala de aula Se falhar lhe aguarda ansiosa uma jaula Cidade grande, casa grande e senzala O cheiro do preconceito exala Do jeito que o presidente conduz Norte, Nordeste, quem sair por último, apague a luz Sou revoltado, a burguesia faz jus Droga, polícia, revólver, sinal da cruz (sinal da cruz) [Refrão] Nasce um homem pobre Seu destino é sofrer Nasce um homem pobre Seu destino é sofrer Nasce um homem pobre Seu destino é sofrer Nasce um homem pobre Seu destino é sofrer [Verso 2: GOG] Ei, barão, faça as contas, mutiplique por 1000 O sofrimento que voce viu no Central do Brasil, hein, ouviu? Pobreza na tela, Hollywood aplaudiu Na era do computador, internauta tem nome e endereço Aqui moleque é perseguido pela fome desde o berço Não se importou, traz o terço (o terço) O moleque saia, saia, não ouvia conselho Só ele e o espelho Faz tempo que não vejo Na ânsia de realizar seu desejo Vacilou na fita, história escrita Realidade cruel no dia de visita Um senhor chega no distrito pra depor A queixa contra o seu neto, o agressor Quebrou o barraco inteiro, "bang bang" Sangue do mesmo sangue dividido e é só o inicio É bom começar a rezar Olhar pro lado, ver, sentir como o outro está; eu sei, é dificil Um luxuoso edifício, uma cadeira de chefe: seu objetivo Mas se eu disser que não foi feita pra você Por melhor que voce fizer Não acredita? Maldita praga capitalista Ter poder, estar, manter-se em primeiro lugar Já prevejo onde vai terminar É hora de acordar (é hora de acordar) [Refrão] Nasce um homem pobre Seu destino é sofrer Nasce um homem pobre Seu destino é sofrer Nasce um homem pobre Seu destino é sofrer Nasce um homem pobre Seu destino é sofrer [Verso 3: GOG] Faz doze anos que seu Zé chegou Dois trampos: porteiro, cobrador Treze filhos na escola; o outro se formou Dona Maria, boa cozinheira Rainha do mocotó na feira Criação, pra ela, a melhor maneira Meio-dia, um alvoroço Todos reunidos pro almoço A oração, a devoção Ali são reforçados laços de união Aos presentes, diz sorrindo "Vai trazer uma irmã, um tio, um primo" (é) Meu povo continua resistindo ao destino traçado Trófeu pra capitão do mato Que bom seria se cessasse a covardia, mas não O Brasil completa 500 anos de exploração Marcas profundas que irrigam o agreste, o sertão Mil réis, soldados, coronéis Padin, padre Ciço, ilumine seu fiéis Eu sei, tem energia elétrica na ilha do Sarney É lei, mas no caminho, nas cidade vizinhas, luz só de lamparina Saga cega nordestina Altas patentes desfrutando dos prazeres Apesar dos pesares, ser enterrado vivo não é novidade De fome, sede e cansaço o moleque desmaia Norte e Nordeste, dois Brasis: o da pobreza e o das praias [Refrão] Nasce um homem pobre Seu destino é sofrer Nasce um homem pobre Seu destino é sofrer Nasce um homem pobre Seu destino é sofrer Nasce um homem pobre Seu destino é sofrer