ABRIL 2019

»MEGA FUNK TUM DUM DUM

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marcos.paulo

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[Round 1: Realpunch] Isto não vai ser tarefa fácil já que ‘tás a jogar em casa Mas fuck that trouxe o Arsenal todo para isto virar Gaza 4 minutos de matança, tic-tac a esperança promissora evapora Hoje o teu tempo ‘tá contado A minha caneta é que a verdadeira Senhora da Hora É lidar irmão, achas me’mo c’o barão relaxa? Vim armar a confusão, Hard Club vira Dragão Caixa Matrix vejo números verdes e nem com tempo deslizes Quando disparo não desvias tu não és o Keanu Reeves Diz-me lá hoje és Keno com K, Q ou QV? Deve ser difícil p’a caralho escolher o nome p’o CV QVXNO o super hеrói que hoje nem еscapa Não vejo em ti super poderes visto que és o mesmo Qvxno sem K Mas a pergunta é porque um X em vez do E? Foi p’a multiplicares as chances Da X oportunidades que tiveste mas onde falhaste avanços? Eu sei que perseguiste e insististes mas nunca foste feliz na rima Por isso que se lixe esse X no meio eu vim meter-te é o X em cima Eu sei que mudaste o nome p’a furar nas plataformas Claro é algo óbvio Mas essa mudança nas plataformas não te fez encontrar petróleo Vais p’o fundo do poço c’a tua crew de rap é tudo inato Eu disse, Plataformas, Petróleo, Poço, crude Porque o teu percurso não é refinado Não vou mentir sinto o teu hustle Bue música dropada mas não é difícil É só mumble também o faria se não dissesse nada Ao pé de mim a tua cena é amadora no fundo Querias tanto ser um talento global c’até foste p’a editora do Mundo Quando eu rimo é muito gelo que fica tudo freeze Basta olhar p’a trás na concorrência boy é muito deslize Faz contas à vida porque quando eu cuspo incuto crise Sou o primeiro lugar, logo tu que tás em segundo... Vim à batalha caçar a gazela p’a pavor dos cachorrinhos Tiveste tempo p’a te atualizar mas sentes o bolor nos trocadilhos Alta intensidade tu vês que é original O que meto com valor nos pergaminhos Se houvesse dúvidas c’eu rumaria à vitória Dissiparam-se ao trazerem-me este senhor de Matosinhos Dizerem que és um dos melhores isso é gozar c’o que entrego Sou uma mistura Tácio e Smélio vim aqui falar p’o boneco Essa postura de arrogância faz com que na batalha pareça One Piece Esticaste bué mas é só palha na cabeça Tanta pérola nesse Podcast Quem não viu desafio a ver o Rodopio Perfeito Onde ele afirma que comprou um pedal de autotune P’a chegar mais longe mas isso não surtiu efeito O problema são sempre as notas Realmente há merdas maradas Tu alcançares notas? Como? Se esse piano tem as teclas estragadas Mas o que lhe fazia falta na carreira era um feat dos grandes Bitch, com esse tamanho qualquer rapper em estúdio contigo Já é um feat dos grandes Ficas altivo pela falta de tamanho Gritas bué é percepção Queres tanto ser o Sam The Kid c’até o tentas mostrar com esse complexo Napoleão E aqui podes ser descendente da dona Argentina Vim munido c’um estrilho na rima se me chamares filho da puta Eu chamo-te filho da Tina Disse que fazia platina mas hoje o Qvxno aqui quina Tu não és o melhor do mundo só porque vieste da Argentina Disseste que fazias fitness com barras suficientes p’a abrir um gym Lá fui ouvir isso antes da batalha e sinceramente o que fez foi desiludir-me Tu até podes ter barras mas eu não noto crescimento Soa vazia a rima Vais voltar p’a casa a pedir suplementos E a dizer: “Perdoa-me ser a tua cria tina” Mas sabes o que é mais engraçado É a dona Argentina ser fã de Tony Carreira Deve ter chorado mais p’la morte da Sara do que por ti a vida inteira Tony, Mikael, David, se não for um concerto vou apostar amua Irónico ela apoiar carreiras mas não suportar a tua Tomo a Liga de assalto num cenário adverso O plano é só um: matar este otário confesso Se vinhas p’lo salário mínimo lamento mas eu vou condená-lo Salário mínimo? Em Dezembro? Só se fores p’o Norte Shopping como reforço de Natal Tive afastado no meio do campo a preparar tudo Montei cenários trouxe bombas e munições e não vou falhar juro Não há espaço p’a erros nesta série de desaforos verbais La Casa de Papel dou aulas sempre que movo capitais Trouxe o caos trágico em auge máximo com graus práticos Desde que saí do Coliseu não larguei isto, são maus hábitos Nunca suei a mofo sem um pingo de recém no corpo Chamem-me João Moutinho Mais um Algarvio a dar-se bem no Porto A pontaria ‘tá em dia e eu atiro assim tanto Isso aí é team Qvxno? Aqui é team cano Não preciso barulho sou só eu e o meu rap que se apresenta mais fresh Porque no Porto p’a ganharem ao Farense são precisos 90 + 10 Time [Ronda 1: QVXNO] Foda-se tu nunca vais fazer capital ‘tas no Porto isto é catedral Eu ‘tou na editora do Mundo até se tornar uma editora universal Tão siga Já são 5 anos sem batalhar Mas é engraçado haer aqui uma coisa que nunca muda É muitos daqui saberem como é que eu vou entrar Hey filho duma ganda puta Hey filho duma ganda puta, agora sim Volta p’a cozinha e vai masé fazer tortilhas Não te mancas que só assim é que andas a fazer wraps Explica-me como é que ainda não tiveste beef c’o Kristo Se andas sempre a meter pregos Já devias saber de ante”mão” que és “ex”pulso cabrão Cá não cola ficares quieto Aqui pintam que eu sou maluco e Ntão meteram-me a falar c’uma bola de basquete? Puto o que é que foi? Dás-me azia vês? É que parece que tenho há frente um boi ainda por cima siamês Vou-te pôr a fazer careta e nem te tou a por lá agrafos É bom que não me peças caneta p’a ti chega faca e garfo Esta batalha é fodida nah isto é só touro e galo Já c’o assunto é comida então é só forno e calo/ Godinho, há quem não saiba mas eu sei que tu sabes que tas fodido Isto é à moda do Porto um gajo “tripa” contigo É litoral eu tempero c’o Minho, bife d’ouro quando toco c’o Midas Tu és porco então acabas comido Comigo vais p’a baixo de corrigido e corrompido Flow estranho mas digo sem medo quando assim tiveres o cu rapado Olha levo-te preso, desfaço-te o queixo, ficas encurralado Devia falar de temas importantes Pedro mas eu nunca fui um Putin fã Depois o mal é que olho p’ra ti ‘tas obeso eu só me lembro dum pudim flã É que rebolas como uma roleta mas borlas não vêm dados Contigo é frente a frente porque bolas não têm lados Malabá quando é que ele vai perceber Que no fundo o valor ‘ta na coroa A moeda não vale mais só porque ele te pede cara Já no restaurante ele fode as entradas Arromba tudo claro o gordo só pede c’abra No teu próximo concerto eu vou-me sentar é ao lado da tua dama Só p’a tar ao pé de cabra Rosnei ao gajo ele só disse “c’a pite” meteu prego a fundo mas deu capote Não duvides é que eu te capito mal te vi só disse c’a pote Tirei o whiskey do meu capote bebi demais e disse c’a puta Passou uma dama e disse q’é top quando eu vi que era tua só disse q’é puta Eu tiro o teto a este balofo cheio, tu comigo capotas Como é que eu peço polvo à lagareiro e me apresentam cá potas Quando é que tu cá notas que nesta mesa quem te ganha é o filete apostas? É que o Qvxno viola o Punch e toda a gente concorda Que isto vai passar é de barra p’a barragem se ele não se comporta Mano o que importa é encher o pocket Já tu foca-te em parar de encher o pote de compota Nosso calibre não varia tu já nem tás no topo há muito A dizer que as linhas saem-te por magia, és quem? O Harrypopotamo? Aqui bato-te e brilho tudo vê como a cozinha bilha É de Faro mas é no Porto que se rima com quilhas Vá, põe-te a milhas que eu sei que não és do crime és do creme Diz que és o Chef Gordon Ramsay mas sem a letra N Seu gordo, Pedro, nem soltas um piu quando o pai de dá pau Meu sonho era abusar no Colorado o teu era abusar no coloral Dou shots na tua área se me vires Dybala Vais de bala à cova se meto a balaclava Quebro o espaço espaço entre nós deixo-te c’um hífen na fala Para de trazer arroz pareces o Steven Cígala Teu paleio dá-me graça isso é conversa fiada Sempre a dizer que começou por entre meados de 2005 Quando se vê perfeitamente que começou por entremeadas Disseram-me “Vai com calma” Foda-se p’lo teu peso eu calculei logo q’ia ter que fazer a curva Para quem dizia que a diferença ia ser Abismal Eu concordo porque só vim foder a turma Vim digno, pego na tua cara vindimo A tua mulher fica sem marido porque em ti viúva Se não fores varrido a seco p’o Sul é porque aqui tu não encontras MC’s Qvxno não cospe, Qvxno Manda Chuva Fazes em battles o que fazes em sons claro Por isso é que eu nem te oiço só passo à frente Mano eu faço exatamente o que tu fazes Só que a diferença é que eu tou um passo à frente E não são sátiras quando eu digo que nem em Silves te salvas Tone, eu fodo-te com tunes ou sem Desligo as máquinas e provo que nem preciso de autotune P’a deixar em ti pain Repara sou Qvxno puro não me afeto em fortunio Não furto mas quero a fortuna Vim cá surfar no futuro Até somar o que faturo O teu crânio fracturo Knock Out paga a fatura só fumo cá pura Caga se o Edi tem pura q’eu fodo a tua têmpora Claro que não rimo pão p’a ti tem que ser com fartura Mas quem te atura a afirmar que ‘tás cá desde o tempo do Clearasil Ya desde que te juntaste a Kristo e pediste ao clero asilo Meto-te andar de lado vai lá espreitar o meu perfil Que eu nem preciso te matar Basta eu ligar o forno e vais esticar o pernil Volta p’o teu covil oh Bigfoot E quando me vires no top não me dês branca, eu quero serra Nevada Só vim aqui mostrar ao molotof donde vem granada Dás punch de mão fechada, eu dou punch de mão armada Tua guita comigo é mealhada, tu és só mais um no milho onde há manada Por isso é que eu ‘tou cá a chanfurdar com este leitão da bairrada, mai nada [Round 2: Realpunch] Um round sobre gordos? Em 2023, eu esperava já traços concretos Ya, Jesus Cristo, tenho pregos Mas é por isso que o Porto me recebe sempre de braços abertos 2º round Já me esqueci de qual o teu nome, pareço mesmo um louco Será Keno, QVXNO ou devo dizer simplesmente Diogo? Diogo Ribeiro…nome de nadador exímio Skill tens, mas vais ficar nas pratas Podes dar braçadas, mas hoje nada, na corrente destas barras Diogo Ribeiro, com quem então não querias revelar o teu nome? Numa entrevista à rádio onde o facto de lhe chamarem Queno Ribeiro foi suficiente para irritar o gnomo Com tanta mudança de name, como é que te pões no trono? A partir de agora és Dioguinho, vim chamar os bois p'lo nome (isto é uma Fanny punch) Dioguinho isto que acabei de fazer, é um ataque direto Tu tens boas punches mas nunca atingem o confrontado ao certo Até parece que escreves no beat, só faltam as dobras no que espalhas É mentira? Não é, até te gabas de lançar um EP com sobras das batalhas Vê se entendes Battles não é só escrever umas rimas e juntá-las numa compilação És como um carro sem volante, de que vale se cuspires sem direção A diferença é que sou sniper, em cada tiro reparas na intenção Tu és mais atirador em massas, o alvo sou eu, mas só disparas na multidão Quando há battle, viro investigador e exploro os temas a fundo Para depois me tornar num vigarista, cheio de esquemas pa' tudo Por isso é que mesmo que não apanhem, sabem que nisto venho sharp Sempre objetivo, não sou como tu que trazes mixtape bars Por exemplo, que tipo de ângulos é que o Diogo hoje serve Dizer que parti a palavra "pagode" da mesma forma que ele contra o Rev A coincidência está lá, mas achavas que te ia bytar depois tanto tempo? Dá para ver pela moldura que a minha é melhor Visto que lhe dei um enquadramento Fiz um esquema sobre música brasileira, lá está, adequava-se ao Jotta Tu, lembraste-te de "pa god", um bom trocadilho Mas não acertaste no brother Partir palavras, tanta gente a pensar no mesmo Esquece, tu não és o escolhido Por exemplo, não foste o primeiro da Patrícia Rocha Já alguém antes a tinha partido (e a prova é que és padrasto, anyway) Vais chamar-me de gordo? 'tou completamente surpreso Categorias, Argentina, Chile, é claro que não somos do mesmo peso É preciso coragem para falares de aspeto, logo que tu pareces o Cell Nessas condições, cheio de manchas, ainda vens p’aqui arriscar a pele? Queres mesmo falar de aspeto? Reduz-te à tua insignificância e fica caladinho Não é UFC ou ginásio quando digo que és Malhadinho Queres apanhar a minha onda, mas não tens aval na prancha À procura de atenção, vieste fazer disto o Canal da Mancha "Psoríase, passa creme, tou doente" é estranho o que fala este man Quando disseste isto ao São, estavas quê? À espera que te passasse creme Rei do crime na, rei do creme, besuntados é o cartel Frase francesa preferida do Keno, Je má pele É que tema para quem tem um eczema e uma meta utópica Scratch para mim são cortes, para ti, consequência de pele atópica Mato de qualquer forma, mesmo que o ambiente fique pesado, trancado Tens problemas de pele Logo é normal a partir de hoje ficar com o passado manchado Não te vou impedir de falares da minha carreira, é claro que podes O último enumerou os meus feats, devia tar a dar props Posso não viver disto, nem ter ido ao RIR Que se lixem as esperanças do ouro Nunca mudei para cair em graças, sou de Marrocos Não há cá mudanças do mouro Conheci-te em 2008, Casa da Música, hiphopnoporto Eu no palco e tu na plateia, a ver o hiphop do gordo Passados estes anos todos, enquanto eu tive a bulir Tu foste o Keno do Fluminense da Libertadores, passaste a vida a assistir A diferença aqui é grande e não é só de tamanho Basta meia dúzia de rimas e é claro que te acanho Eu trouxe aquela gíria dura através da insígnia pura Para ti está a ficar chato, mas como tu és mini,  atura Ataques pessoais é o trago e que dropo sem fim Sinceramente Porto Eu não confio num gajo que fica bêbado com um copo de Meio Gin Eu disse que isto ia virar Gaza, bombas é o que um gajo cá faz As tuas punchlines são da Palestina, há boas e há más Achas mesmo que vais ganhar? Não te fies no pedestal Tinhas que me atacar primeiro, sem dicas aleatórias, todo o tiro acertá-lo Tinhas de vir fenomenal, com um texto para uma diss colossal Aliás, tinhas de mudar tudo, mas isto não é o concurso da Miss Portugal [Ronda 2: QVXNO] Claro que isto é sobre gordos por isso eu pergunto Seu gordo o que é que ‘tás aqui a fazer? Não vês que não há tempo de compensação? Então volta p’ra baliza e quando houver uma buja ai de ti que fujas ou voltes p’a trás Se o fizeres isto vira campo de concentração que levas socos na barriga Só vais dar fuga de gás Nem água bebes acabas no meu areal Obrigo-te a ir buscar letras à fonte Eu sou vulcão e esquento monte Tu falas de gajas mas não tens quem te monte Não vês que eu tombo? Rápido como Street Fighter Tu nem vês este combo Malabá traz batatas pá tu não vês este lombo? Ao teu sócio digo “põe-te a monte Kristo” a ti digo põe-te a Monte Gordo Meu objetivo eu ficar baixo de ver o Porto E vira Lisa assim que viralize Aqui o padrasto já virou o primeiro pai da Liga se tu fores o segundo…piso Este feat podia ter sido tão pacífico pois p’a te deixar partido Eu não queria destilar ódio Só que os meus índios esses querem os animais andar de lado Isto vai ser um pandemónio Junta lá a tua crew que venham eles e tu? Que eu venho de Matosinhos logo mato a rua, matarroa, Mato o zoo Realmente RealPunch achas mesmo q’é realista? A afirmar que ganhas todas as batalhas mas c’a minha tropa falhas Nunca mais te realistas Repara como eu realouco bebo, fumo, realoco tudo até me senti realizado Realizei na minha realidade agora à vontade ri alto Já tive pregado como o teu amigo Mas no meio de gargalhadas mostrei como realizo Tu és veado então realço é garantido mano o resto é relativo E pelo meio nem falo do Real Madrid contigo Porque isso tá cansado não faz sentido fazê-lo Pediram-me p’a eu vir dar-lhe treino ao vivo e eu disse: “Não quero o Fábio só quero cá pelo” Se não for o rapper com mais nome eu sou o rapper com mais nomes Normal tou sempre a mudar a minha linha tipo alguém que só trafica pó Mas sou o mesmo Keno sem K com ou sem paca Deixo-te a corda ao pescoço Vais perceber porque é que o QVX é nó Quero euros, dólares, franco no meu valor e não marco o teu peso Aliás chega de falar no teu nome um gajo livra-se do Real Chamaram-me porque sabem que eu Picasso Faço de ti Magrito Daqui Dali só o teu Salvador tudo o que eu pinto é surreal “Ah e tal eu venho do Algarve nunca confundam o local” Se confundiram gordo a culpa é tua Gostas tanto de manteiga c’a quem pense que és do Bombarral Tão sempre a gozar c’o trambolho Ya sinceramente eu não me preparei bem Achei que não ia ganhar doutra maneira E até achei que ias falar da minha cremalheira Visto que p’a tua mãe é um trator p’a pentelheira Que a vida não é cor-de rosa isso ja um gajo capta cedo Já a tua mãe é tão religiosa que só diz “Papa Pedro” Pedro Afonso Henriques né? Arruino o teu império isto é caçada faço de ti claras em Castela Pego na tua cabeça passo nas pedras da calçada vais conhecer uma realidade paralela Hoje enfrentas o teu dilema isto é rota de colisão Eu rimo sem comparação cá no Norte foca na punição Na Liga faço-te o que fiz na cypher como-te a posição Isto não é banco alimentar não sobes competição O meu público é de cegos quando eu rimo o palco aquece há quem diga que verão Em sintéticos sintáticos mas dá p’a ver que memo sem tática a tua música não dá mais números porque tu tens má temática Na prática dou-te um piripaque fuck o teu Cadillac comigo o teu bote embate Vou deixar-te a transpirar claro que ficas sem ar porque aqui só vácuo Tanto no palco não me fodes sou eu quem te cela e bato Trago virtudes como o Virtus Universo e percebi que só não tenho o tempo da antena porque ocupas muito espaço Hey oh senhor sempre em pé devias tentar fazer stand-up assim talvez tivesses uma carreira engraçada É que no rap com tantas botas que lambes no fim só tiveste uma carreira engraxada Querem fazer de mim burro não tem piada meterem-me o Shrek à frente tão a brincar com esta merda? Foda-se tu p’ra mim és um agricultor enterra-se a carreira de rap só tocas na tua terra Intera-te, sou quem tomba não notas que já não bombas tanto como dantes? Um badocha c’a tua tromba não pode ter Only fãs só pode ter OnlyFans Até tens pinta de artista o mal é que o teu canto é dum bote combalido Depois do Insta só dás vista portanto quem te segue nunca passa dum falido E na real eu só vim apanhar a narça safoda quem ganha que eu nem tava inclinado p’a ti mas olha tiro-te a renda se inclino Subo as escadas da tua casa roubo-te o chocolate tu és mesmo alta montanha tão fodo o teu mural todo em todo o alpino Minha seita é canibal não vou de barriga vazia quando num come há pra todos Contra o Abismal falaste em supremacia mas é o Qvxno quem vos fica com os louros Tão emagrece e caga nisso gordo que eu só quero bilha em dia já que tive a bulir sem dar esfrega Já percebi que é memo pela tua fisionomia que há quem diga que é esfera Volta p’ra tua laia achavam c’o Punch ia causar estrondo? Ya neste palco ele cai Já eu não tou na Ucrânia mas eu juro que tou pronto porque por mim há quem zele em sky Vens desaguar às águas do meu Porto acabas na minha Praia aqui a tua bacia cai Filha da ganda puta desde o tempo dos Mind da Gap que nós tamos todos gordos como o corno do teu pai, time [Round 3: Realpunch] Mais um round sobre gordos Será que ele se cala Nestum? Só toco na minha terra Mas é porque isso que eu, em vez de ti, já toquei ali na Sala 1 Afinal este é mesmo o teu regresso? Tou a sentir-me trocado É que já te vi em tantas batalhas, mas…a servir de jurado Battle Rap no Porto e lá está o Keno, fiel aos versículos A querer fazer carreira de jurado como o Manel dos Ídolos O fucking jurado A dar opiniões, nota-se que as alucinações são bué consistentes Frases como "demasiado ingrato quando são dois sexos diferentes" Principalmente na perspetiva masculina, bro, queres que te passe uma lista? Ou os óculos escuros impediram-te de considerar os critérios a ter em vista ? Mas se há protagonismo, o Keno vai lá buscá-lo Não te calas durante os rounds, vê se te comportas chavalo Enquanto o SP Rocha se lembrava do round, o Keno pensou que era intervalo Como é que juraste essa batalha se estavas lá ao fundo a ver da lateral Mais vezes jurado do que battle rapper, ainda por cima fazes mal Só dizes merdas e dás como desculpa "é a minha opinião, vale o que vale" Liga Multiversus, dou um conselho, se querem manter um elenco forte Ele só faz manobras de diversão, eu já tinha dado ao Keno block É com essa falta de noção que eu 'tou a educá-lo Representas bem, mas tens um problema com a adição, és um Diogo Amaral Tantas raves, tantos afters, as marcas já estão no corpo dorido Chamem-me Chef Gordon Ramsey, vim fazer arroz…frito Mas que sa foda o Ramsey, agora sou Avillez pela forma como compus este bel'canto Vindo do Hellgarve, a zona onde abelhas atravessam o oceano com o tal mel santo Nunca precisei de rezar quando era para provar que no papel espanco Tu andaste em festas à espera de um milagre a rezar a Jesús del Campo Noites loucas no La Movida, com a boca já mordida Em Lisboa há o Estraca, aqui há o Estrica Como é que tu queres ser patrão? Com essas ventas degradadas Não tens cara de quem abre garrafas, tens é dentes de quem dá garrafadas Mas não só, aqui o vosso príncipe que nem hustle tem Anda a brincar com xaropes à espera que a purple reine Lean, até o projeto é Lean e Ar, codeína deixa o otário inspirado Tanto lean no copo que o programa favorito é o Cenário Inclinado Tanto lean no copo, que te altera o sistema linfático Tanto lean que achas que o Estaline faz parte de um tema democrático Tanto lean que te leva a pensar que o mumble é um flow à boss Mas já que gostas tanto brincar com xarope hoje dou-te o que é bom pa' tosse Sabes o que me deixa irritado, o facto de te teres autodiagnosticado Como sabes que sofres de ansiedade sem opinião da especialidade Mas na verdade, o que concluiu depois de ter estudado É que estamos perante uma contradição, um caso de bipolaridade De um lado, queres receber salário mínimo para mostrares o teu rap No outro, vens para aqui a receber o mesmo que em 2017 De um lado, armas-te que és patrão e não vives apertos No outro, para esta batalha acontecer tiveste que pedir folga nos teus 2 empregos De um lado, dizes que nas batalhas de freestyle és uma referência No outro, para fazer esse "freestyle" precisas de 3 meses de antecedência De um lado, querias batalhar o Abismal nos 10 anos da Liga No outro, recusaste o Za com medo dos danos da briga De um lado, és dono de knowledge que te faz armar em Putin No outro, achas que o hiphop nasceu no Harlem, em Brooklyn De um lado, és só um jurado a avaliar um resultado No outro, achas que tens beef com a Lendária quando era com o ex-namorado De um lado, atento, no outro, a leste De um lado, ganhaste, no outro, não perdeste De um lado, incrível, no outro, desastre De um lado, pai, no outro, padrasto Bro, como é que é possível tu dizeres Xina o verso quando é zinouverse Não há coerência em ti desde que utilizaste palíndromos da net contra o Reverse Ou "Para não ter de escrever num quadrado e não falo de Excel", boy é bom que Repares Que no Excel são retângulos, tal como a tua bipolaridade, nem todos lados Não são similares Diogo, bem-vindo de volta, mas não devias ter aceitado o confronto com o Diabo Devias ter ficado com a Patrícia Rocha e com o puto, quase que acabas com corpo Embrulhado Querias cuspir fogo, mas eu venho e apago a tocha Eu sei que vais sair daqui frustrado, mas faças o que fizeres, não sejas como a tua Carreira, por favor não batas na Rocha Hoje, fiz um desconto, mas vim humilhar na rima Irónico eu ser lá de baixo e tu olhares pa' cima Eu ponho o porco a grelhar porque venho pronto para matar Tu estás na escada do Segundo Piso, eu 'tou no outro patamar [Ronda 3: QVXNO] Amém meu filho porque só tou a viver como um mano até ser como um god Já tu só como um gado é que vais ser como um bode Lava essa boca com que falas pro teu Deus, é assim que chupas? Quando é que vês que eu crucifico Cristo e assassino Judas No Porto em parte ajudei-te não faças má cara só porque te maias nessas cartas que deitas Guarda essas graças feitas que eu meto-te a máscara e mando-te p’a casa como Graças Freitas Tragam a maca eu tenho a faca vamos deixar aqui o Pedro..Chagas Freitas Se tu fosses bom isso viasse quando marcas presença a sala fica vazia o teu público nem pede bis Ya eu tenho psoriase por isso a diferença tu enches a bacia eu tou a encher a pelvis Que eu vou por a casa em brasa é caso p’a dizer que eu deixo a alma cá Tu não duvides da minha raça nem queiras me tirar a pinta lá porque um gajo rima cheio dálmata Tu aqui não és ninguém gordo c’um flow quadrado limita-te a ser cómico Já eu não sou DJ mas tudo o que tenho tomado indica que sou crónico Mais alto que eu ‘tás off man isso é ganda tripé Não vês que eu nem sou alpinista e mostro-te como é que é Durante a subida encontrei tantos problemas na vida achas que me vou preocupar que nem pele é Então fuck you não tou quieto nem que esteja em carne viva Ainda rocko em cima destes insetos que dizem que tenho pesticida Isto é o Porto caralho Cidade Invicta Abrando-te o coração medico-te a victa e escrevo linhas de soco p’a essas tuas mãos de lã A nossa bic ensina a tua mão bluh Mas volta lá p’o Faroeste já que tu és do Farense o teu nome é Real então parece que vale verde Se é battle? Vale tudo e vale memo tou-ma cagar para o resto É que eu não consumo futebol como tu mas a minha música é coca no Porto eu sou um Deco Proteste ‘Tamos noutra linha pois p’a escrever o meu livro [Por Terminar]